terça-feira, 27 de maio de 2008

Saudade do Trosky



(Netinho)

Hoje estou com saudade. Estou com saudade de quem ainda nem conheço. Vou chamá-lo de Trosky, porque o Troski foi muito importante na minha vida. Sinto falta das palavras do Trosky. Embora eu nunca tenha ouvido sua voz, só ele saberia o que me dizer agora. Sinto falta do seu toque, mas eu não sei como é ser tocado pelo Trosky. Ah, Troski, você foi caminhar e me deixou falando sozinho. Pior, prometeu voltar e não voltou. Fiquei parado na frente do monitor esperando um sinal que viria do rodapé da página...esperando que a "tua janela" piscasse para mim (msn, sou moderno). Você não faz ideia de como fico feliz quando vejo que você está piscando para mim. Acho estranho isso, sentir saudade de alguém que não conheço. Mas também estou com saudade de alguns lugares. Sinto uma saudade imensa de Paris, de suas avenidas, de sua arte. Deve ser muito gostoso passear pelas ruas da Paris antiga com as janelas nos espiando, tentando descobrir qual a esquina vamos dobrar. Elas, as janelas, fazem apostas para saber qual rua vamos virar e a vencedora pode continuar nos espiando, espiando pela chaminé. As janelas e as chaminés de Paris são as mais bem vestidas do muuuundo. Ahhh, as chaminés. As chaminés me lembram duas coisas: Londres (que eu não conheço) e a casa da fazenda. Dizem que em Londres havia muitas chaminés, mas a chaminé que mais me encantou foi a chaminé da casa da fazenda. Quando criança eu adorava ficar olhando a fumaça que saia pela chaminé e ver todos os animais, monstros, mapas e outras coisas que saiam por ela. Pensando nisso, fiquei com saudades da minha infância. Mas com saudade da minha infância na fazenda. Brincar com ossos, com terra, com meu cachorro (tive vários). Tomar banho de chuva na fazenda é melhor que na cidade (outro dia falarei da saudade que senti da casa da cidade). Subir no "meu cavalo" e correr, correr muito. O vento no rosto, todos os cheiros da fazenda passando pela minha cara em segundos, fazendo sair lágrimas dos meus olhos. Não há nada melhor que isso, passar a infância na fazenda, passar o inverno na fazenda, passar o verão na fazenda. Falando em cheiros, lembrei que quando morei em Lisboa, sentia muita falta dos "cheiros" daqui. Cheiro de chimarrão, cheiro de feijão, cheiro de mãe. Lembro que uma vez chorei muito quando lembrei do cheiro das mãos de meu pai. Sinto saudade de todos os meus "Troskys".

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